Como funciona a pensão alimentícia e quando pode ser revisada?

Gabriel Ito

Gabriel Ito

OAB/PR 99.296

A pensão alimentícia é um direito garantido pela lei e tem como objetivo garantir que a criança ou o ex-cônjuge tenha condições de se manter financeiramente após uma separação. Neste artigo, vamos explicar como funciona a pensão alimentícia e em que situações ela pode ser revista ou alterada.

Como funciona a pensão alimentícia?

A pensão alimentícia é o valor pago por um dos pais (ou pelo ex-cônjuge) para garantir o sustento do filho menor ou do ex-parceiro que não tem condições de se manter sozinho. A pensão deve cobrir necessidades básicas, como alimentação, saúde, educação e moradia.

  • Para filhos menores: O pagamento da pensão alimentícia é feito até que a criança atinja a maioridade, ou seja, 18 anos. Porém, se o filho continuar estudando ou não puder se sustentar, a pensão pode ser estendida por mais tempo.
  • Para ex-cônjuges: A pensão alimentícia também pode ser paga para o ex-cônjuge em algumas situações, como quando ele não tem condições de se sustentar após o divórcio. Esse tipo de pensão é revisado conforme as condições financeiras de ambas as partes.

O valor da pensão é determinado pelo juiz e deve ser proporcional às necessidades de quem recebe e às condições financeiras de quem paga. O juiz sempre buscará um valor que seja justo para ambos os lados, sem comprometer a dignidade do beneficiado nem sobrecarregar o responsável pelo pagamento.

Quando a pensão alimentícia pode ser revisada?

A pensão alimentícia pode ser revisada em algumas situações, desde que haja uma mudança nas circunstâncias de quem paga ou de quem recebe. As principais razões para a revisão da pensão incluem:

  • Mudança na situação financeira de quem paga: Se o responsável pelo pagamento da pensão perder o emprego, passar a ter uma redução de salário ou enfrentar dificuldades financeiras, ele pode pedir a revisão do valor da pensão.
  • Mudança nas necessidades de quem recebe: Caso as necessidades do beneficiário mudem (por exemplo, se a criança começar a estudar em uma escola mais cara ou precisar de tratamento médico), a pensão pode ser aumentada.
  • Filho maior de idade: Quando o filho atinge a maioridade (18 anos), ele pode pedir a revisão do valor da pensão, se continuar dependente financeiramente, por exemplo, para concluir a faculdade.
  • Mudança nas condições de saúde: Se o responsável pela pensão ou quem recebe a pensão tiver mudanças significativas de saúde (por exemplo, uma doença que afete a capacidade de trabalho), a pensão pode ser ajustada.

Para solicitar a revisão da pensão, é necessário entrar com um pedido judicial, no qual será analisada a mudança nas circunstâncias. Não é possível alterar o valor da pensão de forma unilateral, sem a decisão do juiz.

Exemplo prático

Maria recebe pensão alimentícia para seus filhos após o divórcio de João. Inicialmente, o valor da pensão foi estipulado para cobrir alimentação, escola e atividades extracurriculares. Porém, com o tempo, Maria enfrentou dificuldades financeiras e precisou de ajuda extra para o tratamento de saúde de um dos filhos. Ela entrou com um pedido de revisão da pensão e, após avaliação do juiz, o valor foi ajustado para cobrir as novas despesas.

Conclusão

A pensão alimentícia é um direito importante para garantir que os filhos e ex-cônjuges recebam o apoio necessário para viver com dignidade. Embora o valor da pensão seja ajustado de acordo com as necessidades e condições financeiras das partes envolvidas, é sempre importante que qualquer alteração seja solicitada judicialmente para garantir que o processo seja justo.

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